Cyberbullying e o
avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.
Na internet e no celular, mensagens
com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o
bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de
agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é
pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.
Todo mundo que convive com crianças e jovens
sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham
uns dos outros, criam os apelidos de mal gosto, reparam nas mínimas
"imperfeições" e não perdoam
nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação, agressões
verbais e físicas são muito mais frequentes do que podemos imaginamos.
Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma
forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser
traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal
característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre
intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais
recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores,
mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos
constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no
Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo. Quando se trata de bullying e cyberbullying,
é comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os
especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador.
Vítima
Costuma
ser tímida ou pouco sociável e foge do padrão do restante da turma pela
aparência física (raça, altura, peso), pelo comportamento (melhor desempenho na
escola) ou ainda pela religião. Geralmente é insegura e, quando agredida, fica
retraída e sofre, o que a torna um alvo ainda mais fácil. Segundo pesquisa da
ONG Plan, realizada em Abril de 2011, a maior parte das vítimas - 69% delas -
tem entre 12 e 14 anos.
Agressor
Atinge o
colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais popular,
se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não
aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro
não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, se sente satisfeito com a
reação do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade
vivida pela vítima.
Espectador
Nem sempre reconhecido como personagem atuante
em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O espectador
típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima nem se junta aos
agressores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva
ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para
tomar partido. "O espectador pode ter senso de justiça, mas não indignação
suficiente para assumir uma posição clara".
Esse problema vem se agravando mais por meio das redes sociais, a
população acaba se expondo mais do que realmente precisa. Uma pergunta vem à
tona: se acontece isso frequentemente, como devemos evitar?
Vejamos algumas formas:
>Nunca
disponibilizar informação privada ou pessoal na Internet, nem sobre terceiros;
> Não fornecer
palavras-passe a terceiros e garantir que não sejam roubadas;
> Não adicionar
estranhos à lista de amigos e não aceitar pedidos de amizade em redes sociais
se o conteúdo do perfil dessa pessoa provocar desconforto;
> Manter os perfis em
redes sociais e respectivos conteúdos privados.
E o que
devemos fazer em caso de ataque?
Ignorar o ofensor e nunca
tentar responder ao ataque. O atacante tem o objetivo de causar reações
negativas, logo, devemos contrariar este objetivo, não nos comunicando com o
mesmo;
› Deve guardar registos dos
ataques que foram feitos, juntamente com a data e hora em que aconteceram para
servir de prova, caso o agressor tente eliminar o rasto das suas ações;
› Mudar de conta de
utilizador/e-mail, se simplesmente não quiser voltar a ser importunado. Contudo
se o fizer, há que ter cuidado em mantê-lo privado;
› Não deve ser
condescendente com este tipo de ataques, mesmo que não seja você a vítima.
› Deve denunciar o
comportamento aos responsáveis pelos serviços online onde ocorreram estas
práticas e/ou procurar aconselhamento junto do Centro Internet Segura.
› Em casos extremos, deve
recorrer à justiça. O cyberbullying é um crime, juntamente com a injúria,
difamação, ameaça e apologia a atos criminosos. Se a situação está saindo do
controle, deve informar as autoridades.
Percebemos
que cada vez mais está difícil de publicar coisas nas redes sociais, pois a
cada publicação pessoal, os possíveis agressores enviam comentários sobre suas
postagens. É necessária cautela nas publicações e, em caso de ameaça, informar
rapidamente as autoridades competentes.
Beijinhos Rafa (:
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