quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Agressão Velada

Hoje venho abordar um assunto polêmico e que gera milhares de casos de suicídio pelo mundo: AGRESSÃO VELADA.


Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade. 

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.

 Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos de mal gosto, reparam nas mínimas "imperfeições"  e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação, agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que podemos imaginamos.  

Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo. Quando se trata de bullying e cyberbullying, é comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador.

Vítima 
Costuma ser tímida ou pouco sociável e foge do padrão do restante da turma pela aparência física (raça, altura, peso), pelo comportamento (melhor desempenho na escola) ou ainda pela religião. Geralmente é insegura e, quando agredida, fica retraída e sofre, o que a torna um alvo ainda mais fácil. Segundo pesquisa da ONG Plan, realizada em Abril de 2011, a maior parte das vítimas - 69% delas - tem entre 12 e 14 anos.

Agressor 
Atinge o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais popular, se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, se sente satisfeito com a reação do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.

Espectador 
Nem sempre reconhecido como personagem atuante em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima nem se junta aos agressores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. "O espectador pode ter senso de justiça, mas não indignação suficiente para assumir uma posição clara".

Esse problema vem se agravando mais por meio das redes sociais, a população acaba se expondo mais do que realmente precisa. Uma pergunta vem à tona: se acontece isso frequentemente, como devemos evitar?

Vejamos algumas formas:

 >Nunca disponibilizar informação privada ou pessoal na Internet, nem sobre terceiros;
> Não fornecer palavras-passe a terceiros e garantir que não sejam roubadas;
> Não adicionar estranhos à lista de amigos e não aceitar pedidos de amizade em redes sociais se o conteúdo do perfil dessa pessoa provocar desconforto;
> Manter os perfis em redes sociais e respectivos conteúdos privados.

E o que devemos fazer em caso de ataque?

Ignorar o ofensor e nunca tentar responder ao ataque. O atacante tem o objetivo de causar reações negativas, logo, devemos contrariar este objetivo, não nos comunicando com o mesmo;
› Deve guardar registos dos ataques que foram feitos, juntamente com a data e hora em que aconteceram para servir de prova, caso o agressor tente eliminar o rasto das suas ações;
› Mudar de conta de utilizador/e-mail, se simplesmente não quiser voltar a ser importunado. Contudo se o fizer, há que ter cuidado em mantê-lo privado;
› Não deve ser condescendente com este tipo de ataques, mesmo que não seja você a vítima.
› Deve denunciar o comportamento aos responsáveis pelos serviços online onde ocorreram estas práticas e/ou procurar aconselhamento junto do Centro Internet Segura.
› Em casos extremos, deve recorrer à justiça. O cyberbullying é um crime, juntamente com a injúria, difamação, ameaça e apologia a atos criminosos. Se a situação está saindo do controle, deve informar as autoridades.

Percebemos que cada vez mais está difícil de publicar coisas nas redes sociais, pois a cada publicação pessoal, os possíveis agressores enviam comentários sobre suas postagens. É necessária cautela nas publicações e, em caso de ameaça, informar rapidamente as autoridades competentes. 


Beijinhos Rafa (:

Nenhum comentário:

Postar um comentário