sábado, 19 de setembro de 2015

A caça esportiva

    Desde a Era Pré-Histórica, a caça sempre foi algo relacionado a alimentação, sobrevivência e auto-sustento. Com o passar dos séculos, os humanos foram descobrindo novas finalidades: a pele, por exemplo, poderia ser retirada e usada para bens materiais, ou até mesmo para o próprio aquecimento. E isso tudo resultou a extinção de várias espécies no mundo todo. 
    O tempo passa, e as pessoas mudam as próprias opiniões, não é mesmo? Com o descobrimento da agricultura, pecuária e da vida urbanizada, a caça se tornou algo para se tirar lazer, que no caso, é a chamada caça esportiva. Existe também outros tipos, como a caça científica, que visa recolher espécies diversas e diferentes para seu estudo. 
    Em 2015, ocorreu um acontecimento inédito: o dentista Walter Palmer pagou US$ 545 mil para poder caçar Cecil, um leão celebridade de Zimbábue, que foi morto com um tiro na cabeça para logo após ser decapitado. E isso nos faz pensar algumas coisas: até onde vão nossos limites de caça esportiva? Nós deveríamos sentir tanto prazer em fazer algo que possa levar certas espécies em extinção? Por que nós, mesmo sabendo todos os riscos possíveis, insistimos em, mesmo sem querer e pensar, sempre acabar com mais uma espécie animal no mundo? Até porque, até onde sabemos, a caça esportiva é totalmente o oposto da caça de subsistência, que visava a necessidade para sobreviver. 
    A caça esportiva funciona da seguinte maneira: normalmente promovida e direcionada pelo governo, caçadores pagam altíssimos preços para conseguirem caçar um pequeno número de animais por vez e pode ser vista como um "concurso", pois o animal já morto é visto como um troféu (America do Norte e Europa). 
    Cecil havia 12 filhos. Na vida animal, quando o leão macho falece, outro leão ocupa seu lugar e, seguindo as "regras" e costumes de seu habitat, ele mata os filhotes do leão anterior para assim a fêmea entrar no cio e engravidar de novos filhotes.  
    A caça esportiva é autorizada nos seguintes países: Canadá, EUA, Alemanha, Austrália, entre outros. No Brasil a regulamentação era permitida até 2005 com leis rígidas e apenas no Rio Grande do Sul. Mas a prática já foi proibida. 
    Os homens muitas vezes esquecem que todos dependemos da natureza para sobreviver, seja ela animal ou vegetal; da extração de remédios até obter o nosso alimento. Os animais fazem parte da nossa cadeia alimentar. Deixando a situação sair do controle, estaremos desandando todo o nosso sistema biológico e cultural. 


Por: Carol Morais e Raisa. 

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