CRISE HÍDRICA...
"Vamos falar sobre um tema que assola a todos: Crise Hídrica.
Talvez seja um tema possível de cair no vestibular."
O estado de São Paulo enfrenta, desde o fim de 2014, a
maior crise hídrica já registrada. São diversas as áreas que utilizam a água
para sua produção, seja a agroindústria, as metalúrgicas ou mesmo as próprias
hidrelétricas, onde a energia é produzida. Muitas são as razões apontadas pelos
especialistas para tal ocorrência.
A
poluição vem alterando o clima e, consequentemente, as chuvas. O tempo seco
gera um maior consumo de água, fazendo com que a quantidade diminua ainda mais,
pois a água da chuva não irá conseguir repor a quantidade utilizada pela
população (14 milhões de pessoas) da grande São Paulo.
Mas
segundo uma entrevista realizada na Veja com o meteorologista Augusto José
Pereira Filho, professor da USP, a falta de nuvens é a explicação para a seca
que atinge a grande São Paulo. Esse fenômeno é causado por fatores como a era
geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. Trata-se
de um ciclo que tem ocorrido a cada cinco ou dez anos, afirma o meteorologista. Entre perguntas e respostas,
Pereira Filho prevê com a precisão que a ciência atual é capaz de oferecer, que
essa crise se tornará rotina: a próxima deve atingir o Sudeste entre 2019 e
2024.
Desde 2014 até os dias de hoje, o assunto vem
se agravando cada vez mais. A companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp), já utilizou água dos sistemas Guarapiranga e Alto do Tietê para
abastecer moradores da região. Analisando e concluindo que não estava ajudando
a repor a água consumida, foram reduzidos os valores das contas, fazendo com
que a população economizasse no consumo. Desde o início de 2015, vigentes da
companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo apresentam instalações
realizadas pela equipe, obras que permitem a
captação do chamado volume morto, (porção de água que fica no fundo do
reservatório, abaixo dos tubos que tiram a água e enviam para as estações de
tratamento). Dezessete bombas de captação foram instaladas em março, a um custo
de 80 milhões de reais, e, a partir de 15 de maio - segundo a Sabesp -, 200 dos
400 bilhões de litros que compõem o volume morto estarão disponíveis para uso.
Segundo outras informações, a única
alternativa para o problema do abastecimento pode
estar na água que a gente tenta a todo custo esconder e ignorar. Dentro dos
tubos de esgoto corre a água que pode matar a nossa sede, diz especialistas em
entrevista ao Fantástico. A água deve ser
julgada pela sua qualidade, não pelo seu histórico. Nós temos hoje a tecnologia
para tratar água de qualquer esgoto e produzir água potável. Eu acho que a
única alternativa para São Paulo é reúso, explica o professor de hidrologia
da USP Ivanildo Hespanhol.
Ainda que os fatores que acarretam esta crise sejam
distintos (mas interligados), é fato que existe uma necessidade de uma nova
“consciência ecológica coletiva”, na qual todos os cidadãos repensem suas
atitudes diante do consumo, façam uso de sistemas de coleta de água da chuva,
reutilizem água para conter os gastos. Somente desta forma podemos tentar
contornar os danos que já afetam a população.
Beijinhos Rafa (:
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