quarta-feira, 26 de agosto de 2015




CRISE HÍDRICA...


"Vamos falar sobre um tema que assola a todos: Crise Hídrica. 
Talvez seja um tema possível de cair no vestibular."

O estado de São Paulo enfrenta, desde o fim de 2014, a maior crise hídrica já registrada. São diversas as áreas que utilizam a água para sua produção, seja a agroindústria, as metalúrgicas ou mesmo as próprias hidrelétricas, onde a energia é produzida. Muitas são as razões apontadas pelos especialistas para tal ocorrência.
A poluição vem alterando o clima e, consequentemente, as chuvas. O tempo seco gera um maior consumo de água, fazendo com que a quantidade diminua ainda mais, pois a água da chuva não irá conseguir repor a quantidade utilizada pela população (14 milhões de pessoas) da grande São Paulo.
Mas segundo uma entrevista realizada na Veja com o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor da USP, a falta de nuvens é a explicação para a seca que atinge a grande São Paulo. Esse fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. Trata-se de um ciclo que tem ocorrido a cada cinco ou dez anos, afirma o meteorologista. Entre perguntas e respostas, Pereira Filho prevê com a precisão que a ciência atual é capaz de oferecer, que essa crise se tornará rotina: a próxima deve atingir o Sudeste entre 2019 e 2024.
 Desde 2014 até os dias de hoje, o assunto vem se agravando cada vez mais. A companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), já utilizou água dos sistemas Guarapiranga e Alto do Tietê para abastecer moradores da região. Analisando e concluindo que não estava ajudando a repor a água consumida, foram reduzidos os valores das contas, fazendo com que a população economizasse no consumo. Desde o início de 2015, vigentes da companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo apresentam instalações realizadas pela equipe, obras que permitem a captação do chamado volume morto, (porção de água que fica no fundo do reservatório, abaixo dos tubos que tiram a água e enviam para as estações de tratamento). Dezessete bombas de captação foram instaladas em março, a um custo de 80 milhões de reais, e, a partir de 15 de maio - segundo a Sabesp -, 200 dos 400 bilhões de litros que compõem o volume morto estarão disponíveis para uso.
Segundo outras informações, a única alternativa para o problema do abastecimento pode estar na água que a gente tenta a todo custo esconder e ignorar. Dentro dos tubos de esgoto corre a água que pode matar a nossa sede, diz especialistas em entrevista ao Fantástico. A água deve ser julgada pela sua qualidade, não pelo seu histórico. Nós temos hoje a tecnologia para tratar água de qualquer esgoto e produzir água potável. Eu acho que a única alternativa para São Paulo é reúso, explica o professor de hidrologia da USP Ivanildo Hespanhol.

Ainda que os fatores que acarretam esta crise sejam distintos (mas interligados), é fato que existe uma necessidade de uma nova “consciência ecológica coletiva”, na qual todos os cidadãos repensem suas atitudes diante do consumo, façam uso de sistemas de coleta de água da chuva, reutilizem água para conter os gastos. Somente desta forma podemos tentar contornar os danos que já afetam a população.

Beijinhos Rafa (:

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